terça-feira, 9 de dezembro de 2014

À Deriva

E eu, que achava que não dava pra perder
E eu, que assistia ao pôr do sol
E eu, que contava quantos passos ia dar
E eu, que, hoje, desato pontos sem nó

Agarro minha própria mão
Pois não confio nos meus pés
Sei que eles me trairão 
Já aconteceu uma vez
Eu escondo lágrimas
Arrisco palpites
Camuflo horizontes
Enquanto isso, minha alma se esvazia
Estou sendo deixado à deriva

E eu, que tracejava rotas através da janela
Eram rotas que burlavam meus palpites
E o sol, que parecia me acompanhar
Hoje, seus raios estão distantes

Agarro minha própria mão
Pois não confio nos meus pés
Sei que eles me trairão
Já aconteceu uma vez
Eu escondo lágrimas
Arrisco palpites
Camuflo horizontes
Enquanto isso, minha alma se esvazia
Fui deixado à deriva.
                                     - Alexandre Vargas 

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