E eu, que achava que não dava
pra perder
E eu, que assistia ao pôr do sol
E eu, que contava quantos
passos ia dar
E eu, que, hoje, desato pontos
sem nó
Agarro minha própria mão
Pois não confio nos meus pés
Sei que eles me trairão
Já aconteceu uma vez
Eu escondo lágrimas
Arrisco palpites
Camuflo horizontes
Enquanto isso, minha alma se
esvazia
Estou sendo deixado à deriva
E eu, que tracejava rotas
através da janela
Eram rotas que burlavam meus
palpites
E o sol, que parecia me
acompanhar
Hoje, seus raios estão distantes
Agarro minha própria mão
Pois não confio nos meus pés
Sei que eles me trairão
Já aconteceu uma vez
Eu escondo lágrimas
Arrisco palpites
Camuflo horizontes
Enquanto isso, minha alma se
esvazia
Fui deixado à deriva.
- Alexandre Vargas
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